A cana-de-açúcar ganhou espaço no Brasil com o desenvolvimento das Capitanias Hereditárias seguida dos governos-gerais. Com a chegada dos donatários, portugueses incumbidos de povoar a colônia, a produção de açúcar se desenvolveu no Brasil. O açúcar era um produto muito consumido na Europa, e o clima brasileiro era propício para plantar a cana-de-açúcar usada na fabricação do produto. Em 1628, havia cerca de 235 engenhos instalados no Nordeste brasileiro.
Entre os séculos XVI e XVII, nas capitanias de Pernambuco e Bahia, desenvolveu -se a cultura da cana-de-açúcar. Os donatários buscavam recursos para construir os engenhos e produzir o açúcar, que depois seria exportado para a Europa.
- Desenvolvimento da monocultura açucareira
O conflito entre os interesses dos indígenas e os dos colonos europeus que passaram a ocupar o território foi uma das marcas da colonização do Brasil. No período colonial, a expansão das plantações levou à expulsão dos indígenas de suas terras. Os indígenas, assim como os africanos trazidos para a América, passaram a ser utilizados como mão de obra escrava.
A sociedade brasileira estava dividida entre escravizados, homens livres e senhores de terra. Os escravizados, indígenas ou africanos, eram considerados instrumentos de trabalho e podiam ser vendidos ou trocados como mercadorias. Já os homens livres (roceiros, artesãos, pequenos comerciantes) eram, em sua maioria, mestiços e de baixa renda.
As mudas de cana-de-açúcar, a maior parte dos equipamentos necessários à produção e muitos dos produtos utilizados no cotidiano vinham do continente europeu. No mesmo período, navios transportando escravizados chegavam da África.
A produção do açúcar envolvia muitos trabalhadores. Apesar de haver alguns trabalhadores livres, a maior parte da mão de obra era formada por pessoas escravizadas. No Brasil, o número médio de escravizados por engenho era de 65, mas alguns engenhos possuíam até 150.
- Uso da mão-de-obra escrava africana
- Funcionamento dos engenhos
- Moagem de cana na fazenda Cachoeira, em Campinas, de Benedito Calixto, 1880, com base em desenho de Hercule Florence (óleo sobre tela, de 1,05 m 3 1,36 m).
- Referências
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