A Revolução Americana

 


  • Colonização da América do Norte
O que chamamos de Revolução Americana, foi um resultado de longos anos de processo que vai desde da colonização da América do Norte até o processo que culminou a Independência dos EUA.

A colonização dos EUA coincidem com o governo de Elizabeth I (casa Tudor), onde ela concedeu a exploração de novas terras para serem colonizadas por Sir Walter Raleigh, as expedições dele foram nos seguintes anos: 1584, 1585 e 1587 ao território americano e batizou de Virgínia em homenagem a Elizabeth I.
  • As Treze Colônias inglesas

A colonização da América iniciou ao mesmo tempo, onde estava ocorrendo as navegações ultramarinas, porém as a colonização empreendida pelos ingleses na América foi impulsionada principalmente por interesses privados, não pela iniciativa estatal.

Naquela época, os conflitos religiosos, desencadeados pela Reforma Protestante, culminaram na perseguição de parte da população inglesa. Além disso, a política de restrição à posse de terras no campo criou uma massa de desempregados nas cidades. Somados, esses fatores criaram um contingente de pessoas dispostas a construir a vida e a praticar a fé em um novo lugar.

Com isso as repressões religiosas tomaram uma proporção gigantesca, muitas famílias perderam suas terras tradicionais e migraram para as áreas urbanas. Porém, como nas cidades não havia trabalho para todos, a pobreza e a tensão social aumentaram expressivamente.

Dessa forma, a migração para a América também passou a ser a opção de muitos trabalhadores ingleses. Assim, em setembro de 1620, um grupo de 102 pessoas partiu no navio Mayflower rumo ao que chamavam de Novo Mundo. Dois meses depois, desembarcaram na América do Norte e fundaram a colônia de Plymouth, no atual estado estadunidense de Massachusetts. Aos colonos que chegavam nesse Novo Mundo, foram chamados pelo acrônimo de WASP (White, Anglo-Saxon and Protestant, em português, Brancos, Anglo-Saxões e Protestantes), também conhecidos como "pais peregrinos".

A depender do local onde estava a colônia, havia características próprias para os colonos lidarem com o trabalho de cultivo do território. Esses colonos dividiram o território em colônias distribuídas em norte, centra e sul (veja a imagem abaixo):

  


  • Comércios Existentes

A fundação de Plymouth mostra que o início da colonização inglesa foi uma iniciativa individual e particular, e não um empreendimento dirigido pela Coroa, como ocorreu com a colonização ibérica. Isso não significa que a Coroa inglesa tenha ficado de fora da empreitada. Antes mesmo da viagem do Mayflower, a Coroa autorizou as companhias de comércio da Inglaterra a levar colonos para a América e a explorar comercialmente suas terras. Isso permitiu o surgimento de relações comerciais mais diversificadas, que incluíam:

→ Comércio Colonial: eram focadas na produção de especiarias (sal, diamantes, madeiras, grãos etc.) para o abastecimento da metrópole, principalmente de produtos tropicais que não eram encontrados na Europa, da mesma forma na extração de metais preciosos.

→ Comércio Triangular: relação que era baseada na exportação de produtos (gado, peixe, madeira, açúcar etc.) para consumo interno.

  • As lutas por independência e sua declaração

Até o início do século XVIII, as colônias norte-americanas possuíam relativa autonomia administrativa em relação à Inglaterra. Os governadores locais, nomeados pela metrópole, conviviam sem grandes conflitos com as assembleias dos colonos. As tropas inglesas eram bem reduzidas e cabia aos colonos proteger seus bens em conflitos com os nativos ou com os colonos franceses vizinhos.

Essa autonomia veio a ser abalada em 1754 com a chamada Guerra dos Sete Anos. Ele foi um dos principais conflitos que ocorreram no século XVIII, que envolveu diversas monarquias nacionais europeias em torno do controle dos territórios de Silésia e Minorca. O conflito travado entre França e Inglaterra recebeu apoio de diferentes governos europeus.

Com a ajuda dos colonos norte-americanos, os ingleses venceram a guerra em 1763, tomando territórios franceses no Canadá e no Caribe. Contudo, os enormes gastos militares deixaram a Inglaterra em sérias dificuldades financeiras. Para superá-las, o governo inglês criou novos impostos para suas colônias e endureceu o controle sobre suas atividades comerciais.

Cansados da situação, os colonos ingleses se envolveram em uma série de conflitos em busca da independência da Inglaterra. Uma das medidas adotadas foi a Boston Tea Party (Festa do chá de Boston), consistia em que o governo inglês queria impedir a venda de chá pelos comerciantes americanos e obrigá-los a consumir o produto fornecido pela Companhia das Índias Orientais.

Em reação, em dezembro de 1773 aproximadamente 150 colonos se vestiram de indígenas, atacaram três navios ingleses no porto de Boston e jogaram 300 caixas de chá ao mar.

Depois de algumas vitórias e negociações diplomáticas, os representantes das treze colônias se organizaram em duas reuniões, ambas chamadas de Congresso Continental da Filadélfia que debateram sobre:

→ 1º Congresso Continental da Filadélfia: debateram sobre a postura da Inglaterra e foi redigido um documento solicitando o abrandamento das imposições das leis.

→ 2º Congresso Continental da Filadélfia: optaram por romper definitivamente com a metrópole e decidiram redigir a Declaração de Independência que foi finalizada em 4 de julho de 1776 tornando os EUA um país livre de qualquer imposição inglesa.







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