Os povos egípcios

 


A civilização egípcia tem sua origem no continente africano, que é considerado o berço da civilização humana. Esse continente passou por inúmeras mudanças climáticas, que alterou a paisagem.

  • Os egípcios

Os povos egípcios se localizam numa região denominada Delta do vale do Rio Nilo (ver imagem abaixo) Esse rio nasce em um grande lago africano, percorre cerca de 6 800 km, e deságua no mar Mediterrâneo. Com essa extensão, o Nilo é considerado um dos maiores rios do mundo. Essa região, situada ao norte da África, ficou conhecida como Baixo Egito. No sentido sul, a partir da cidade de Mênfis, começava o Alto Egito.

Por volta de 5000 a.C., já existiam aldeias sedentárias nas regiões do Alto e do Baixo Egito. Nelas, praticavam-se a agricultura e a produção de cerâmica. Mais tarde, desenvolveu-se a metalurgia.

Sua economia era baseada na agricultura e no comércio marítimo de mercadorias e do artesanato. Na agricultura, era comum encontrarem o cultivo de trigo, cevada, algodão, papiro e linho; além disso, os egípcios dedicavam-se à criação de animais (cabras, carneiros e gansos) e à pesca.

  • As primeiras comunidades agrícolas

Inicialmente os egípcios se dividiam em aldeias autônomas que haviam o cultivo de grãos, a essa forma de organização é chamado de Nomos. Cada nomo era comandado por um líder, chamado de Nomarca que era o responsável por chefiar a comunidade.

Ao longo do tempo, as aldeias se unificaram, formando núcleos populacionais maiores. Aos poucos, esses núcleos também se reuniram politicamente, dando origem a dois grandes reinos: um no Baixo Egito e outro no Alto Egito.

Além disso, os povos egípcios após o século XII a.C. passaram por uma série de tentativas de invasão feita por povos como os hicsos, assírios, persas, macedônios e os romanos. Estes últimos, dominou os egípcios e o governaram por 600 anos, até a conquista árabe.

→ Divisões dos Nomos

Baixo Egito: localizado ao norte da região do Delta do Nilo.

Alto Egito: Nomos ao sul que se uniram sob uma liderança.

Em 3100 a.C., o Alto Egito conquistou o Baixo Egito, fazendo assim, que os dois reinos fossem submetidos ao comando de um único governante: o Faraó. O Faraó era a autoridade máxima, que tinha a função de manter a unidade. a ordem e a continuidade do Estado egípcio.

Enquanto os faraós governavam o Egito o regime governamental adotado foi de uma Monarquia Teocrática (Theos - Deus / Cracia - governo), ou seja, para a civilização egípcia os faraós eram uma divindade que tinha pleno direito de está no poder governando os demais.

→ Sociedade Egípcia

→ Período Dinástico

Com as bases governamentais fixadas, os povos egípcios deram início as Dinastias, ou seja, as sequências de pessoas pertencentes a mesma família, que vão sucedendo uma as outras no poder. As dinastias existiram até a Conquista do Egito pelos persas, em 525 a.C. O período dinástico foi dividido em:

Antigo Império (3200 a.C - 2000 a.C.)

-Expansão do território para oeste, sul e nordeste;

-Contestação de vários nomarcas, devido ao poder central do faraó;

-Enfraquecimento político no Egito favoreceu as invasões de povos asiáticos na região do delta do Nilo.

Médio Império (2000 a.C. - 1580 a.C.)

-Expulsão dos invasores asiáticos em aproximadamente 2000 a.C.;

-Nova onda de invasões pelos povos hicsos por volta de 1800 a.C.;

-Expulsão dos invasores em 1580 a.C., sob o comando faraó Amósis I.

Novo Império (1580 a.C. - 525 a.C.)

-Ampliação das fronteiras do império egípcio;

-Aperfeiçoamento do sistema de irrigação conhecido como shaduf;

-Intensificação do comércio com a Ásia;

-Fim do Império Egípcio em 525 a.C., pelos povos persas.

  • Crenças religiosas e ciência

A religião teve grande importância em diversos aspectos da vida dos egípcios. Eles eram politeístas (acreditavam em vários deuses) e muitos de seus deuses estavam relacionados às forças da natureza. Eles eram representados em forma animal, humana ou misturando a forma animal e a humana.

Outros legados deixados por esses povos foi o avanço da medicina, o desenvolvimento da astronomia e da engenharia, bem como o avanço da matemática. Porém os povos egípcios, são conhecidos pelo processo denominado de Técnica de mumificação que era controlada pelos sacerdotes, a mumificação permitiu os egípcios desenvolver o conhecimento sobre a anatomia humana.

  • A arte e a escrita egípcia

Grande parte da produção artística do Egito antigo foi influenciada pela religião. Além da construção de templos, o culto aos deuses levou à criação de esculturas e pinturas que representavam as divindades e a religiosidade do povo egípcio. Mas os temas religiosos não eram os únicos. Existiam também expressões artísticas de cenas do cotidiano, como a colheita, a pesca, o pastoreio, a navegação e o artesanato.

As cenas retratadas são mais vistas nas paredes das pirâmides, onde estão pintadas figuras humanas com frequência, em posição rígida e respeitosa, com a cabeça e os pés de perfil e o tronco de frente; a esse estilo único é denominado de Lei da Frontalidade.

Os egípcios criaram um sistema de escrita que é considerado um dos mais antigos do mundo. Existem registros da escrita egípcia que datam de cerca de 3000 a.C., dentre os tipos de escritas existentes temos:

→ Hieroglífica: escrita sagrada, utilizada nas paredes de templos e túmulos.

→ Hierática: usada em documentos, escrito em papiros e placas de barro.

→ Demótica: escrita de uso popular.







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