Os povos americanos

 

Como sabemos o continente americano foi povoado há milhares de anos, essa população cresceu e se modificou e formaram povos que desenvolveram diferentes modos de vida e técnicas de sobrevivência.

Esses povos fizeram descobertas na agricultura, na domesticação de animais e no uso de ervas para a cura de doenças. Desenvolveram a cerâmica, as construções e organizações sociais. Alguns grupos criaram a escrita, entre outros feitos, e deram origem a diversas sociedades. Várias delas desapareceram por completo, outras permanecem até hoje, mas muitas sofreram com o impacto da conquista europeia.

  • América Nativa
Por volta de 5000 a.C., povos pescadores e caçadores conhecidos como esquimós (ou inuítes) se instalaram na região ártica. Mais ao sul, espalhados pela América do Norte, estavam diversos povos caçadores-coletores, como os iroqueses. Entre os povos sedentários (que praticavam agricultura), destacaram-se os chamados pueblos da América do Norte.

Na região Amazônica, há indícios de ocupação humana desde cerca de 9000 a.C., intensificada nos milênios seguintes, com organizações sociais amazônicas de estruturas complexas, algumas provavelmente com população superior a 50 mil habitantes. Além dessas evidências, por milhares de anos diversos povos foram sendo formados e se espalharam pelo atual território brasileiro. Alguns ocuparam a região do alto Xingu e viviam conectados em uma rede de núcleos populacionais ligados por estradas.

Na América do Sul, na região dos Andes, nos atuais territórios do Peru e da Bolívia, foram organizados, entre os séculos I e VIII, os reinos Tiahuanaco e Huari, seguidos de vários outros como os maias, incas e astecas (vejam as outras publicações feitas por mim).

→ As primeiras sociedades americanas

Iroqueses: viveram na região dos grandes Lagos onde hoje é o estado de Nova York.
Características: casa comunitárias; divididos em clãs matrilineares (ninguém podia casar-se com um membro de seu próprio clã).

Povos Esquimós: vivem na Groenlândia, no Alasca, no Canadá e no leste da Rússia.
Características: conseguem seu alimento por meio da caça e da pesca; também se alimentam da carne de renas, focas, morsas e baleias.

  • As civilizações antigas da América
Sabemos que as mais antigas civilizações surgiram no período Neolítico, em diversas regiões do mundo. O grande impulso para isso foi a criação de novas técnicas agrícolas, como a irrigação e instrumentos para revolver a terra. Na América, usava-se um bastão cavador, a taclla (veja na imagem abaixo), enxadas pequenas para capinar e abrir canais e sulcos na terra, facas de colheita, cestos para transporte, cerâmica, etc.


Sabemos que esses povos se desenvolveram principalmente em duas regiões:
  • Mesoamérica: corresponde ao sul do atual México e a grande parte da América Central. A Mesoamérica corresponde a boa parte dos atuais México, Guatemala, Belize, El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica.
  • Andina Central: assim chamada por ser atravessada pela Cordilheira dos Andes. A Andina Central compreende, principalmente, os atuais Equador, Colômbia, Peru, Bolívia, Chile e Argentina.
Também existiram civilizações organizadas em diversas partes do atual território brasileiro. Esses povos, provavelmente, nunca tiveram contato regular com civilizações de outros continentes até a chegada dos europeus nos séculos XV e XVI.

Fonte: elaborado com base em ATLAS da história do mundo. São Paulo: Folha de S.Paulo, 1995. p. 47.

  • Sociedades da Bacia Amazônica
Até a década de 1990, achava-se que as sociedades amazônicas fossem simples, limitadas a explorar os recursos obtidos na natureza e isoladas. No entanto, estudos das últimas décadas mostraram que grande parte da Amazônia foi densamente povoada, e de maneira organizada.

Com o uso de imagens feitas a partir de satélites, foram descobertas mais de 500 escavações feitas em formas geométricas distribuídas em 250 quilômetros de terras perto da fronteira do Brasil com a Bolívia. Essas formações, chamadas de geoglifos, ficaram muito tempo encobertas pela floresta e começaram a surgir com o avanço do desmatamento na contemporaneidade.

→ Geoglifos

Essas grandes figuras geométricas são formadas por espécies de túneis abertos com 11 metros de largura, cercados por barrancos que variam de 1 a 4 metros, conectados por estradas. Eles foram construídos entre 2000 e 650 anos atrás, por grupos que podem ter chegado a somar de 100 a 200 pessoas.

Cerca de 30 grupos viviam perto dessa região e se reuniam para construir ou reformar os geoglifos. Não se sabe ao certo por que eles foram construídos. O mais provável é que funcionassem como centros cerimoniais.

→ Os povos nativos do Brasil

O território onde atualmente vivemos não se chamava Brasil antes da chegada dos portugueses. Até por volta de 1500, cada povo indígena tinha um nome próprio para se referir à região onde vivia.

Um dos nomes mais conhecidos era o que os Tupiniquim usavam para se referir a uma parte do atual litoral brasileiro: Pindorama, que, na língua tupi, significa “Terra das Palmeiras”. De acordo com vários estudos, no início do século XV, havia cerca de três milhões de indígenas vivendo nas terras que hoje formam o Brasil.

Os indígenas estavam agrupados em cerca de 900 povos diferentes, como os Tupinambá, os Karijó, os Kaeté, os Xavante e os Apiaká. Esses povos apresentavam diferenças entre si, e cada um deles tinha seu próprio modo de vida, sua língua, seus costumes e suas crenças.

  • Referências
DIAS, Adriana Machado. Os povos nativos do Brasil IN: Vontade de saber história 7º ano. 1ª ed. São Paulo: Quinteto editorial, 2018.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Capítulo 3 - América: povos, reinos e impérios antigos IN: Teláris História 7º ano. 1ª ed. São Paulo: Ática, 2018.

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