O Brasil estava passando por várias crises internas devido a forma que Dom Pedro II estava comandando o país, vários opositores ao regime monárquico, bem como republicanos civis e militares se uniram na tentativa de convencer os altos oficiais do Exército Brasileiro a participarem de um golpe de Estado que implantasse a República.
Entre os grupos sociais que desejavam implantar a República no Brasil, a parcela do Exército chamada de “mocidade militar” era uma das mais atuantes. Esses militares possuíam uma forte tendência ao republicanismo por causa do contato que tiveram com militares que lutaram na Guerra do Paraguai ao lado de oficiais republicanos da Argentina e do Uruguai e também pela influência do positivismo.
→ Positivismo: desenvolvido no início do século XIX pelo filósofo francês Auguste Comte (1798 - 1857), o positivismo apresentava os princípios do que seria uma nova era, científica e positiva.
No Brasil, essas ideias influenciaram os jovens militares, que se identificavam com o progresso científico proposto pelo positivismo. Quanto aos civis, foram atraídos pelo ideal positivista de um Estado republicano forte e preocupado com políticas sociais
Diante dessa situação, os republicanos se aproximaram de Deodoro da Fonseca, que era um marechal de grande prestígio por sua atuação na Guerra do Paraguai. Desapontado com a política militar do imperador, Deodoro acabou aderindo à causa republicana.
No dia 15 de novembro de 1889, Deodoro tomou a frente de militares republicanos e alguns poucos civis e, sem encontrar qualquer resistência, adentrou no 1o Regimento do Exército, onde se encontrava o visconde de Ouro Preto, que era chefe dos ministros, e demitiu o gabinete ministerial.
Nesse mesmo dia, a República foi proclamada. Nessa ocasião, os líderes republicanos assinaram o primeiro decreto do novo governo, instituindo um Governo Provisório, presidido por Deodoro da Fonseca, e transformando as províncias do Brasil em estados federativos.
- Fases Republicanas
- República Velha ou Primeira República (1889 - 1930)
- Era Vargas (1930 - 1945)
- República Populista (1946 - 1964)
- Ditadura Militar (1964 - 1985)
- Nova República (1985 - atualidade)
Cada período tem características específicas, no qual podemos destacar os seguintes fatos que marcaram a nossa vasta história política brasileira, no qual comentaremos a seguir:
→ Na fase denominada Primeira República, acabou sendo dividida em dois períodos:
República da Espada (1889 -1894): em virtude da condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca (1891) e Floriano Peixoto (1891-1894).
República das Oligarquias (1894 - 1930): período em que as oligarquias agrárias dominavam o país, conhecido popularmente como a “política do café com leite”, em razão da dominação paulista e mineira no governo federal, que só terminou com a Revolução de 1930.
→ Na Era Vargas, chamado dessa forma pois houve um golpe de Estado no qual o nosso país ficou sob o comando do presidente gaúcho Getúlio Vargas por 15 anos ininterruptos e é subdividida em: Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional ou Presidencial (1934-1937) e Estado Novo (regime ditatorial de 1937 até 1945).
→ Na Terceira República ou República Populista foi marcado pela redemocratização do país e pela ascensão dos partidos políticos.
→ Ditadura Civil-Militar, dado início por meio de um golpe militar derrubou o presidente João Goulart e instaurou-se no Brasil um regime militar que duraria até 1985. Durante esse período, os militares governaram o país com mão-de-ferro, cassando direitos políticos e perseguindo os opositores do regime.
→ Já na Nova República, teve início com a eleição indireta ou seja, conta com a participação da população para eleger nossos representantes.
- Referências
DIAS, Adriana Machado [et al.]. Capítulo 9 - O segundo reinado IN: Vontade de saber história 8º ano. 1ª ed. São Paulo: Quinteto Editorial, 2018.
FAUSTO, Boris. Capítulo 5 - O segundo reinado (1840 - 1889) IN: História do Brasil. 12ª ed., 1ª reimpressão. São Paulo: Edusp, 2006.
NAPOLITANO, Marcos. História do Brasil República: da queda da Monarquia ao fim do Estado Novo. São Paulo: Contexto, 2018.
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