Antes da colonização portuguesa, havia cerca de cinco milhões de índios espalhados em todo território. Os contatos iniciais entre colonizadores portugueses e indígenas ocorreram na região litorânea.
Esta região era ocupada por povos indígenas de costumes semelhantes, que falavam línguas semelhantes entre si, pertencentes ao tronco Tupi. Por isso, no Brasil, por quase 200 anos a língua falada era um sincretismo entre a língua portuguesa e a tupi.
→ Sincretismo: fusão de dois ou mais elementos culturais diferentes num só elemento, continuando porém, perceptíveis alguns sinais de suas origens diversas.
A princípio, as relações entre os indígenas e europeus não foram conflituosas, porque havia interesses em comum. Contudo, essas relações amistosas logo se tornaram tensas e difíceis, com a instalação da economia açucareira.
Nesse período, muitos índios foram escravizados, ao trabalho nos canaviais e devido a essa escravização aconteceram as revoltas indígenas, que foram reprimidas pelos portugueses, principalmente no Nordeste.
Os europeus não somente escravizaram, nessa época os indígenas como também os escravos vindo da Áfricas, com essa mescla de povos foram se misturando dando origem as seguintes miscigenações:
Com o contato entre europeus e indígenas, foram trazidas doenças que provocaram epidemias, como as do sarampo e da gripe, que causaram milhares de mortes. Os indígenas voltaram-se mais para o interior, numa espécie de fuga da repressão e das epidemias, houve uma rápida diminuição da população indígena e hoje, a estimativa é de que existam cerca de 1,6 milhão, segundo dados do Censo 2022.
- Tipos de relações sociais
As relações sociais podem ser classificadas de maneira diferente, dependendo se nossa abordagem a respeito delas é psicológica, sociológica ou de outra natureza. Por exemplo, podemos distinguir as relações sociais de acordo com o tipo de vínculo estabelecido, da seguinte forma:
- Relacionamentos afetivos: Aqueles que temos com as pessoas escolhidas para constituir o nosso ambiente íntimo: amigos, parceiros e colegas, pessoas com quem desenvolvemos ligações emocionais profundas.
- Relações de trabalho: Aquelas que devemos realizar em nosso ambiente de trabalho, qualquer que seja, e que geralmente são regidas por regras hierárquicas, formais e diferentes das íntimas. Em geral são laços emocionais menos profundos, mas muito importantes na vida cotidiana.
- Relações familiares: Outro tipo de relações íntimas e muito intensas, mas que não podemos realmente escolher, uma vez que são dadas de antemão, são as da nossa família, pelo menos o núcleo próximo de pai-mãe-irmãos. Na verdade, esses relacionamentos são psicologicamente vitais para os indivíduos, tanto no sentido positivo quanto no negativo.
- Relações circunstanciais: Essas relações superficiais, efêmeras e locais que teremos com estranhos ao longo do dia, muitas das quais podem vir a ser de outro tipo, ou não. Eles tendem a ter pouca conexão emocional e são rapidamente esquecidos.
- Relações sociais de trabalho
O termo “relações sociais de produção” deve ser entendido em uma esfera diferente daquela que discutimos até agora. É um termo da escola de pensamento marxista, fundada no século 20 pelos teóricos europeus Karl Marx e Federico Engels.
Sua abordagem envolveu uma leitura histórica da sociedade, observando quais classes sociais detiveram o poder em cada fase. Além disso, ele estudou como eles alcançaram seu poder por meio do controle dos mecanismos de produção de bens de consumo.
Portanto, neste contexto, as relações sociais de produção são o tipo de vínculo estabelecido entre os seres humanos a partir de seu papel no processo de produção econômica. Essas relações são determinadas pelo controle dos meios de produção.
Essas relações são legalmente válidas e validadas. Eles determinam a gestão dos bens produzidos socialmente (como imóveis, veículos ou máquinas de produção), e permitem a distribuição dos benefícios de acordo com aqueles que ocupam a posição dominante.
- Relações permanentes entre os indivíduos
Desde o encontro entre os índios e portugueses, as relações sociais e culturais ainda continuam estremecidas. Há um reflexo do passado no presente difícil de ultrapassar, pois os europeus consideravam as sociedades ameríndias (população nativa da América) primitivas, incompletas e imaturas, e por isso, a maioria dos colonizadores viam os índios como “bons selvagens”. Essas considerações construídas por volta de 1560 continuam vivas até hoje.
Atualmente, as relações interpessoais acontecem quando há uma interação entre indivíduos, ou seja, no meio familiar, educacional ou profissional, já que, nesses locais, as pessoas estão unidas por um mesmo propósito. Podemos considerar que, ao nos relacionarmos, estamos, ao mesmo tempo, oferecendo e recebendo. É o aceitar e ser aceito, buscando ser entendido e entender o outro. A aceitação começa com a capacidade do indivíduo para escutar o outro, colocar-se no lugar do outro.
Um dos fatores que contribuem para a interação entre indivíduos é o trabalho em equipe. Durante esse trabalho, podem ser utilizadas dinâmicas de grupo para socializar os membros da equipe, que se sentirão mais à vontade e menos inseguros para dialogar. A linguagem é o principal meio de comunicação e transmissão de conhecimento, ideias, crenças e, até mesmo, de emoções. Esse processo de relacionamento social é determinante, pois o convívio coletivo garante e enriquece o grupo, e a conversa cria um elo, que ativa a liga da sociedade.
Conceitos do Mundo. Relações Sociais. Disponível em: https://conceitosdomundo.pt/relacoes-sociais/#Relacoes_sociais_de_producao Acessado 11 setembro 2023. SILVA, Daniel Neves. "Povos indígenas do Brasil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/o-indigena-no-brasil.htm. Acesso em 11 de setembro de 2023.
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