Arte na pré-história

O ser humano sempre procurou representar, por meio de imagens, a realidade em que vive – pessoas, animais, objetos e elementos da natureza, etc. – e os seres que imagina.

Dentre as formas de artes visuais – desenho, pintura, grafite, escultura, etc., bem como a literatura, a música, a dança e o teatro são formas de expressão que constituem a arte.

Os objetos mais antigos eram constituídos por ossos, marfim, pedra ou chifre. Eles eram entalhados, desenhados com um instrumento afiado, gravados em relevo profundos, ou esculturas tridimensionais.

  • ·       Primeiras expressões artísticas

As mais antigas figuras feitas pelo homem foram desenhadas em paredes de rocha, sobretudo em cavernas. A esse tipo de arte é chamado de rupestre (do latim rupes, rocha).

Locais mais estudados: cavernas de Lascaux e Chauvet (França), Altamira (Espanha), de Tassili (região do Saara, na África) e as dos municípios de São Raimundo Nonato (Piauí, no Brasil).

Parede de caverna com pinturas de mãos em negativo.

Algumas das imagens retratadas: animais de grande porte, caçadas, renas, cavalos, e os próprios seres humanos.

Materiais usados pelo artista pré-histórico: corantes naturais feitos de minerais, ossos carbonizados (queimados), carvão, vegetais e sangue animal.

Esses elementos eram esmagados e dissolvidos na gordura de animais caçados. Como pincel, utilizavam os dedos e instrumentos feitos de penas e pelos.

  • ·       A escultura, a cerâmica e o metal

Os artistas pré-históricos faziam também esculturas, de pedra e metal, que mostram seu empenho na criação de objetos e na representação da figura humana.

Também há esculturas de bronze, onde se é possível observar a postura humana e os detalhes do rosto. Uma das primeiras representações humanas em esculturas é a figura de uma mulher, chamada de Vênus de Willendorf que mede 11 cm (imagem abaixo).


Podemos ver essa escultura como um símbolo de fertilidade e podiam serem carregadas como talismãs ou amuletos, fossem para levar fertilidade ao portador ou para protege-lo do mal.

Além disso, podemos considerar como uma celebração da sexualidade feminina em uma sociedade matriarcal e até mesmo como um exemplo de arte erótica.

  1. Esculturas em metal

Utilizavam dois métodos: o da forma de barro e o da cera perdida.


Com o modelo oco, preenchia com metal fundido e ao esfriar quebravam o molde de barro e obtinham uma escultura igual ao que havia sido modelado.

  • Arte pré-histórica brasileira

Principais sítios arqueológicos: São Raimundo Nonato (Piauí), Pedra Pintada (Pará), Peruaçu e Lagoa Santa (Minas Gerais).

Em todos eles existem vestígios arqueológicos como fragmentos de ossos e de objetos, desenhos e pinturas gravados em rochas.

Descobertas importantes: crânio de uma mulher batizada como Luzia no ano de 1975 no sítio arqueológico Lapa Vermelha, em Pedro Leopoldo (MG).

Classificação das pinturas rupestres brasileiras: motivos naturalistas e obras com motivos naturalistas.


Fig. 1 – pinturas rupestres com motivos naturais. São Raimundo Nonato, Piauí.

 

Os motivos naturalistas trazem ornamentos ou temas que aparecem isolados ou repetidos em uma obra de arte.

Nelas predominam representações de figuras humanas, isoladas ou em grupos, em cenas de caça, guerra e trabalhos coletivos e figuras de animais.

Fig. 2 - pinturas rupestres com motivos geométricos. Bahia.

Já as figuras com motivos geométricos são muito variadas: linhas paralelas, pontos agrupados, círculos, cruzes, espirais e triângulos.

  • Referências

Esta é uma mulher real IN: O livro da arte. Trad.: Flávia Souto Maior. 1ª ed. Rio de Janeiro: Globo livros, 2019. Págs.: 20 – 21

Somos uma espécie ainda em transição IN: O livro da arte. Trad.: Flávia Souto Maior. 1ª ed. Rio de Janeiro: Globo livros, 2019. Págs.: 22 - 25

PROENÇA, Graça. Capítulo 1 – a arte da pré-história IN: Descobrindo a história da arte. São Paulo: Ática, 2005. Págs. 6 – 12.

SOARES, Ana Cecília. Arte Pré-histórica: estranhos começos IN: História da Arte. 1ª ed. INTA/ PRODIPE – Instituto Superior de Teologia Aplica; Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica. Sobral/CE, 2017. Págs.: 5 – 8.







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