Assim denominado aos primeiros
filósofos, que viveram antes de Sócrates (470 - 399 a.C.).
Introduz uma nova problemática
na discussão filosófica – as questões ético-políticas, ou seja, a problemática
humana e social que praticamente ainda não havia sido discutida.
Suas obras se perderam na
Antiguidade, e só as conhecemos por meios indiretos, pois a filosofia era vista
essencialmente como discussão, debate, e não como texto escrito.
São duas as principais fontes
que dispomos para o conhecimento desses filósofos: a doxografia e os fragmentos:
- è Doxografia: consiste em sínteses do pensamento dos filósofos e comentários a eles de forma breve, por autores posteriores.
- è Fragmentos: são citações de passagens dos próprios filósofos pré-socráticos encontradas em obras posteriores.
Uma das principais fontes para
conhecer o pensamento dos pré-socráticos, costuma ser dividida em duas grandes
correntes:
- è Escola Jônica: Caracterizado sobretudo pelo interesse da physis, pelas teorias da natureza. Dentre os filósofos que aderiram seus estudos a esse tópico tivemos Tales de Mileto e seus discípulos Anaximandro e Anaxímenes; Xenófanes de Colofon e Heráclito de Éfeso.
- è Escola Italiana: caracterizado
por uma visão de mundo mais abstrata, menos voltada para uma explicação
naturalista da realidade, prenunciando em certo sentido o suprimento da lógica
e da metafísica, sobretudo no que diz respeito aos eleatas.
Nesta última um dos representantes foi Pitágoras que fundou em Crotona sua escola de caráter semirreligioso e iniciático. Ele defendia uma concepção de imortalidade e de transmigração (metempsicose) da alma.
Uma das principais
contribuições ao desenvolvimento da ciência encontra-se na doutrina segundo o
qual o número é o regente das formas e ideias, que explicaria a harmonia
do real garantindo o seu equilíbrio (como veremos no esquema abaixo):
Além disso, o mesmo elaborou
demonstrações matemáticas que tinham impacto com seu pensamento filosófico, a
mais conhecida de todas é o Teorema de Pitágoras que usamos até hoje:
Temos uma segunda fase do pensamento pré-socrático, denominada por vezes de pluralista.
- Segunda fase do pensamento pré-socrático
Caracterizado pelos pensadores
que sofreu a influência de seus predecessores, desenvolvendo teorias que combinavam
frequentemente aspectos de diferentes escolas e valorizavam uma concepção do
mundo natural como múltiplo e dinâmico.
è Escola atomista: essa doutrina sustenta
que a realidade consiste em átomos e no vazio, os átomos se atraem e se repelem,
e geram os fenômenos naturais e o movimento.
è Monismo: defendiam uma posição que podemos
caracterizar como monista, ou seja, a doutrina da existência de uma realidade
única.
è Mobilismo: concepção segundo a qual a realidade natural se caracteriza pelo movimento, onde todas as coisas estão em fluxo.
- Alguns filósofos
Escola Jônica (naturalismo):
- Milesianos (escola de
Mileto): Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes
- Heráclito de Éfeso
(mobilismo)
- Xenófanes de Colofon (influencia os pitagóricos)
Escolas Italianas:
- Pitagóricos: Pitágoras e
seus seguidores (importância da matemática)
- Eleatas: Parmênides, Zenão,
Melisso (questões de caráter lógico e metafísico)
Segunda fase (sec. V a.C.):
(pluralistas e ecléticos)
- Empédocles de Agrigento
(doutrina dos quatro elementos)
- Escola atomista: Leucipo e
Demócrito
- Anaxágoras de Clazômena
- Frases
“A razão é imortal, todo o
resto é mortal.” - Pitágoras
“O caminho acima e o caminho
abaixo são um só e o mesmo.” – Heráclito
“Tudo é uno.” – Parmênides
- Referências
MARCONDES,
Danilo. Capítulo 2 – Os filósofos pré-socráticos IN: Iniciação à história da
filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. 11ª ed. rev. e ampliada. Rio
de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007. Págs.: 30 – 38.
O
Livro da Filosofia. Introdução. Trad. Douglas Kim. 1ª ed. São
Paulo: Globo Livros, 2016. Págs.: 12 – 17.
O
Livro da Filosofia. Introdução. Trad. Douglas Kim. 1ª ed. São
Paulo: Globo Livros, 2016. Págs.: 40 – 41.
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