Sócrates

 

  •  Área: Epistemologia

Ramo da filosofia que trata do tipo de coisa que podemos conhecer; como o conhecemos; o que é o conhecimento. Na prática, é o ramo dominante da filosofia.

  • Abordagem: Método Dialético

Habilidade de questionar ou argumentar; ou a ideia de que qualquer afirmação, seja em palavras ou em ação, provoca sua oposição, e as duas reconciliam-se numa síntese que inclui elementos de ambas.

  • Linha do tempo

- ANTES

c. 600 – 450 a.C.: Os filósofos pré-socráticos na Jônia e na Itália tentam explicar a natureza do cosmos.

Início do século V a.C.: Parmênides afirma que só podemos compreender o universo por meio da razão.

c. 450 a.C.: Protágoras e os sofistas aplicam a retórica às questões filosóficas.

Retórica: a arte da eloquência, do bem argumentar, arte da palavra.

- DEPOIS

c. 399 – 355 a.C.: Platão retrata o caráter de Sócrates na Apologia e em outros diálogos.

Século IV a.C.: Aristóteles reconhece seu débito ao método de Sócrates.

  •  Breve Biografia

Nascido em Atenas em 469 a.C., Sócrates era filho de um pedreiro e uma parteira. É provável que tenha seguido a profissão do pai, mas teve a oportunidade de estudar filosofia antes de ser convocado para o serviço militar. 

Depois de se destacar na Guerra do Peloponeso, retornou para Atenas e por um período envolveu-se na política. No entanto, quando seu pai morreu, herdou dinheiro suficiente para viver com a esposa Xantipa sem precisar trabalhar.

A partir de então, Sócrates tornou-se uma figura conhecida em Atenas, envolvendo-se em discussões filosóficas com concidadãos e conquistando um séquito de jovens alunos.

Ao fim, acusado de corromper o espírito da juventude, foi condenado à morte. Embora lhe tivesse sido oferecida a alternativa do exílio, ele aceitou o veredito de culpado e recebeu sua dose fatal de cicuta em 399 a.C.

  • Contribuições à filosofia

Para Sócrates, a chave de tudo era uma vida justa. O que significava resistir à busca da fama e da fortuna, e nunca, em circunstância alguma, responder ao mal com o mal.

Além disso, ele é considerado um dos pais da filosofia ocidental e um dos grandes contribuidores no campo da Ética.

Ética: ramo da filosofia que trata de questões sobre como devemos viver e, portanto, sobre a natureza de certo e errado, bem e mal, dever, obrigação e outros conceitos.

Sabemos que Sócrates não escreveu nada, mas tinha discípulos (Platão e Xenofonte, são os mais conhecidos que dissertaram sobre a obra do mestre) que escreveram sobre ele, pois ele valorizava sobretudo o debate e o ensinamento oral.

Método de análise conceitual ou Diálogo Socrático: na qual se busca a definição de uma determinada coisa, geralmente uma virtude ou qualidade moral.

Esse método revela a fragilidade desse entendimento e aponta para a necessidade e a possibilidade de aperfeiçoá-lo através da reflexão. Ou seja, partindo de um entendimento já existente, ir além dele em busca de algo mais perfeito, mais completo.

Para praticar o diálogo socrático, é preciso seguir alguns passos como:

  1. Exortação: convite ao interlocutor a buscar a verdade;
  2. Indagação: início do questionamento para tentar encontrar uma resposta.
  3. Ironia: é uma artimanha para que se possa perceber, por meio das perguntas de Sócrates, que a sabedoria que o interlocutor supõe ter é, na verdade, falsa.
  4. Maiêutica: por meio de perguntas, começa a indicar caminhos para que o interlocutor descubra o conhecimento por si mesmo.
Esquema disponível em O livro da Filosofia, Editora Globo.
  • Frases

“Sou um cidadão do mundo.”

“Só sei que nada sei.”

“A vida irrefletida não vale a pena ser vivida.”

“Conhece-te a ti mesmo.”

  •  Referências

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Sócrates IN: Filosofando - introdução à Filosofia. 2ª ed. revista e ampliada. São Paulo: Editora Moderna, 1993. Pág.: 95

A vida irrefletida não vale a pena ser vivida IN: O livro da filosofia. Tradução Douglas Kim. 1ª ed. São Paulo: Globo livros, 2016. Págs.: 46 - 49.

BRAGA, Rômulo Vitor. Capítulo 4 – Democracia, Sofistas e Sócrates. IN: Filosofia volume único. Sistema de Ensino Poliedro: São Paulo, 2015. Págs.: 30 - 39




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